Dilma confirma Braga em Minas e Energia e anuncia mais 12 ministros

A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira (23) a indicação de 13 ministros que vão compor o primeiro escalão em seu segundo mandato, que começa a partir de janeiro. O senador e ex-governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB) é um dos nomes confirmados, e deve encabeçar o Ministério das Minas e Energia.

Ele substitui o atual ministro, o também peemedebista Edson Lobão, citado pelo ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, em depoimento que faz parte de acordo de delação premiada na esteira da Operação Lava Jato.

O senador amazonense ganhou influência política por ter bom trânsito com a chamada ‘ala rebelde’ do PMDB no Senado. Dilma cogitou tirar a pasta do partido, mas enfrentou resistência.

Após intensas negociações e até reclamações públicas de dificuldades para chegar a definições de nomes, a petista estabeleceu o espaço do PMDB, PSD, PC do B e PRB.
A expectativa é de que a nova formatação da Esplanada dos Ministérios seja concluída na segunda-feira (29), quando novas medidas econômicas também podem ser anunciadas. Ainda faltam 22 nomes.

Com as indicações, Dilma mostrou que uma das preocupações para o novo governo foi tentar garantir maior influência sobre a base aliada no Congresso, apostando em nomes com maior trânsito e com maior sustentação em seus partidos, além de políticos que articulam o fortalecimento a base do governo.

Nomes adiados
A presidente, no entanto, adiou nomes do PT após um dia de negociações. Era esperada a confirmação de que o ministro Ricardo Berzoini fosse deslocado das Relações Institucionais para as Comunicações. Com a saída dele, o deputado Pepê Vargas (PT-RS) era cotado para assumir a articulação com o Planalto.

A presidente também definiu que o governador Jaques Wagner (Bahia) vai para o Ministério da Defesa. Ele é apontado como de sua cota pessoal. Uma dos mais próximos de Dilma, ele era cotado para vários cargos, mas acabou atendido.

O ministro da Defesa Celso Amorim pode voltar a comandar o Ministério das Relações Exteriores. Dilma procura um chanceler com perfil mais alinhado ao comércio exterior.
Em retribuição aos apoios que recebeu nas eleições, Dilma passou o Ministério das Cidades para o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD). O governador Cid Gomes (PROS) que se rebelou contra a candidatura própria do PSB na disputa presidencial e apoio a reeleição de Dilma, ficou com o Ministério da Educação.
Principal aliado, o PMDB ganhou mais um ministério, passando para seis pastas. A legenda abriu mão da Previdência, que era ocupada pelo senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), que volta ao Senado. Ficará com Aviação Civil, Agricultura, Minas e Energia, Turismo, Pesca e Portos.

O partido também cobiçava Integração Nacional e Cidades, mas não foi contemplado.

Confira, abaixo, os ministros nomeados por Dilma:
Aldo Rebelo (Ciência Tecnologia e Inovação)

Cid Gomes (Educação)

Edinho Araújo (Secretaria de Portos)

Eduardo Braga (Minas e Energia)

Eliseu Padilha (Secretaria de Aviação Civil)

George Hilton (Esporte)

Gilberto Kassab (Cidades)

Helder Barbalho (Secretaria de Aquicultura e Pesca)

Jacques Wagner (Defesa)

Kátia Abreu (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)

Nilma Lino Gomes (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)

Valdir Simão (Controladoria Geral da União)

Vinicius Lajes (Turismo)


Com informações da Folhapress

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