Morre aos 76 anos a jornalista, poetisa e escritora Valda Amaral
A jornalista, escritora e poetisa Valda do Amaral Coelho, 76 anos, morreu nos braços de sua irmã a senhora Ana Leopoldina Coelho, por volta de 13hs de sábado (16), em sua residência localizada na rua Juruti, bairro Nossa Senhora de Nazaré, em Parintins.
De acordo com a jovem Ester Figueira, que há 3 anos cuidava da jornalista, “quando o fato aconteceu eu estava em casa com a Dona Valda e a Dona Leopoldina, irmã dela. Por volta das 13h, ouvi um grito pedindo por socorro, corri e vi Dona Valda já desmaiada nos braços da irmã”, afirma Ester.
A jovem revela ainda que o Corpo de Bombeiro foi acionado e uma equipe foi até a casa da jornalista. Os bombeiros ainda tentaram reanima-la e a conduziram ao hospital Jofre Cohen, mas ela já estava sem vida. Valda Amaral era natural de Juruti e foi vítima de infarto, o corpo dela foi enterrado na tarde de domingo (17) no Cemitério São José.
Histórico
Valda do Amaral Coelho, nasceu na cidade de Juruti estado do Pará em 30 de março de 1939 e morreu no dia 16 de maio de 2015, aos 76 anos de idade em Parintins. Era filha de Américo Batista Coelho e Maria do Amaral Coelho. Valda era mãe de quatro filhas, Nilce Helena, Regina Cláudia e Maria Tereza, que moram na cidade de Fortaleza-CE, e Kátia Cristina, que reside em Manaus.
Ainda jovem, Valda Amaral deixou Juruti rumo a Santarém, também no Pará, onde concluiu o Curso Normal no Colégio Santa Clara. Ela se formou em Jornalismo no Estado de Goiás e fez Licenciatura em Letras no Estado de São Paulo. Valda residiu em vários cidades do Brasil, mas a partir de 1968 ela escolheu Parintins para morar em definitivo.
Em Parintins ela trabalhou no Fórum de Justiça como Escrevente Juramentada Substituta de Tabelião. Depois passou a exercer a função de jornalista, atuando em vários jornais da cidade como Médio Amazonas, Jornal Parintins, Jornal A Força da Ilha, entre outros.
Valda Amaral também era escritora e poetisa, teve duas obras publicadas, o livro “Ecos do Silêncio” e o livro “Pôster Poema Ser”. Uma terceira obra denominada “Vidas”, ela não conseguiu concluir.
Valda trabalhou por 38 anos na Câmara Municipal de Parintins. Em 05 de maio de 1983, ela foi contratada pelo então presidente Edson Gadelha, como Assessora de Imprensa, cargo que exerceu por 17 anos. Foi ela quem ajudou a organizar os arquivos da Casa Legislativa e é através desses dados que a história de Parintins hoje pode ser contada. Mesmo aposentada e aos 76 anos de idade, Valda Amaral ainda trabalhava na Câmara, pela qual dizia ter um caso de amor, assim como dizia ter por Parintins.
Valda Amaral era há 14 anos diretoria de jornalismo da Rádio Novo Tempo, da fundação Associação Artística de Rádio Difusão Comunitária e Televisão Novo Tempo. Como radialista apresentava o programa “Na Onda da notícia e Na Hora da Verdade”.
Desde o dia 04 de dezembro de 2013, Valda Amaral é Cidadã Parintinense. O título concedido pelo Projeto de Decreto Legislativo nº 30, em Sessão Ordinária apresentado pelo vereador Rildo Maia (PSD), é o reconhecimento da Câmara Municipal aos relevantes serviços prestados ao município de Parintins pela conceituada jornalista, poetisa, radialista e escritora.
O vereador Everaldo Batista, presidente da Câmara Municipal de Parintins, irmão de Valda Amaral, decretou luto oficial de três dias pelo falecimento da jornalista que sempre atuou e primou pela imparcialidade no trabalho jornalístico durante a sua carreira.
fonte: Gazeta Parintins


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