Justiça bloqueia recursos de bumbás de Parintins
A dez dias da realização do 51º Festival
Folclórico de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus), a Vara do Trabalho
determinou o bloqueio de R$ 1,2 milhão do boi Caprichoso e R$ 1,5 milhão do boi
Garantido.
Segundo o juiz Aldemiro Dantas, titular da
Vara, a medida se tornou necessária porque as diretorias dos bumbás não
honraram compromissos com a Vara trabalhista firmados em audiências no ano
passado. “Isso acontece todos os anos, nós temos várias ações contra os dois
bois em Parintins, muitas com acordo, os advogados vêm aqui na audiência,
fecham acordos, marcam pagamentos e não pagam, esquecem de pagar o que foi
acordado, então o passo seguinte é fazer o bloqueio do dinheiro”, afirmou.
A Vara do Trabalho já expediu ofício para as
agências bancárias onde os bumbás mantém contas e aos patrocinadores informando
que há uma decisão judicial com relação aos repasses de recursos para as duas
agremiações.
O juiz Aldemir Dantas explicou que não há
nenhuma intenção em prejudicar a festa, porém, a Justiça não pode deixar de
fazer cumprir a lei.
“Quando termina o Festival começam as
reclamatórias, o pessoal reclama desde setembro, mas setembro, outubro, janeiro
não adianta bloquear porque não tem dinheiro, temos que bloquear agora porque é
neste momento que os bois têm dinheiro, fora disso qualquer bloqueio é inútil”,
afirmou o magistrado.
Fazer cumprir a decisão da Justiça, por isso
tem que ser neste período quando acontecem os repasses dos valores para os
bois”, afirmou Dantas.
Repercussão
A medida da Vara do Trabalho teve grande repercussão na cidade. O diretor administrativo do Caprichoso, Elias Michiles, disse que o pouco dinheiro que o boi tinha foi bloqueado. “O presidente Joilto Azedo viajou ontem para Manaus e os advogados do boi vão tentar uma liminar revogando o bloqueio”, disse.
Por Tadeu de Souza


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