Sempa e DSEI discutem parceria para garantir segurança alimentar na área indígena
Discutir alternativas de produção
agrícola para a área indígena, fomentar atividades produtivas, assessorar as
comunidades com projetos, assistência técnica, crédito, comercialização e
principalmente garantir a segurança alimentar que é fundamental para minimizar
a persistência de doenças, estão entre as prioridades da parceria que
começa a ser articulada entre a Prefeitura de Parintins , por meio da
Secretaria de Pecuária, Agricultura e Abastecimento (Sempa) e o Distrito
Sanitário Especial Indígena (DSEI) Parintins.
O encontro entre o secretário de
Pecuária, Agricultura e Abastecimento, Edy Albuquerque e o coordenador do
Distrito Sanitário Especial Indígena de Parintins, José Augusto, o Nenga,
representou a real possibilidade de colocar em prática um trabalho que já vem
sendo pautado pela Sempa, desde a primeira visita de Albuquerque na área
indígena no mês de maio.
“Muito importante a vinda do
coordenador do DSEI para que possamos estreitar cada vez mais a parceria e
levar às famílias indígenas assistência técnica, projetos, crédito e focar na
segurança alimentar que é a maior dificuldade. É uma porta que se abre de
um parceiro importante para a administração do prefeito Bi Garcia, para que
possamos atuar em todos os segmentos, tanto nas comunidades tradicionais,
no caso as indígenas, como também na agricultura familiar de modo geral”,
acentuou.
Para Albuquerque é um grande
desafio articular projetos para assegurar o alimento para os índios e fomentar
atividades produtivas como a pecuária, agricultura, piscicultura e abrir postas
para a comercialização.
“Acreditamos que com a união os
projetos podem ser concretizados para melhorar a qualidade de vida das
famílias. A missão do poder público é levar o desenvolvimento e os
investimentos para a região, observando a vocação das comunidades e respeitando
a tradição e a cultura”, enfatizou.
De acordo com José Augusto do
DSEI, as comunidades indígenas vivem basicamente da produção de mandioca e seus
derivados. O pescado é mais escasso, a carne é mais escassa e os índios usam de
seu tradicionalismo para se alimentar com a coleta das frutas da floresta e
tendo o extrativismo como sua principal atividade. “Aqueles que recebem o Bolsa
Família e tem acesso aos benefícios do INSS conseguem comprar produtos na
cidade, mas que não é o suficiente para o tamanho da população que aumenta a
cada ano”, informou o coordenador do DSEI.
Ele falou da importância de
estreitar a parceria com a Prefeitura via Sempa para levar às populações
indígenas a oportunidade de ter o seu alimento de subsistência, levando em conta
que a falta dele em algumas terras indígenas acaba colaborando com a
persistência de doenças, já que o alimento é fundamental no tratamento e na
cura de grávidas, crianças e idosos. “O DSEI Parintins tem a missão de
fazer a atenção básica, a saúde primária junto à população indígena, mas temos
a necessidade de ter essa articulação com as secretarias de produção do Estado
e municípios na área da pecuária, da agricultura e piscicultura, num somatório
de forças que vai nos levar a ter a segurança alimentar nas terras indígenas e
saúde para as famílias”, pontuou.
José Augusto comentou que no
encontro foi ventilada a importância de buscar na Fundação Nacional do Índio
(Funai), a parceria para se trabalhar a questão cultural, por meio da atuação
de técnicos e antropólogos que podem intermediar as ações que mostrem aos
indígenas a necessidade de buscar alternativas e modelos de produção que são
fundamentais para a sobrevivência.
Peta Cid/SEMPA


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